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Sexta Feira Santa no Barracão

Sexta Feira Santa no Barracão

Uma tarde de rituais cheios de simbologia e muito axé.

No Barracão de Pai José, toda Sexta Feira da Paixão de Cristo é celebrada com muitos rituais que levam a família Barracão até o momento do Fechamento de Corpo e os benzimentos com o óleo ungido. 

Antes, com a chegada do celebrante Pai José, os filhos realizam o bate-folha, com a erva para raio mirongada pelo Pai José, se benzem uns aos outros.

Em seguida as mães de santo se reúnem no centro do congá para o ritual de amassar o alho no pilão sagrado, tudo sempre acompanhado pelos toques de atabaques e ganzás da curimba dos Alawo Orin.

Este alho é misturado com óleo de oliva, abençoado pelo Preto Velho e utilizado no ritual de fechamento de corpo que começa entre os fundadores do terreiro, em seguida esses fundadores benzem os outros filhos da casa e esses benzem os visitantes da assistência. Esta parte do ritual segue esta sequência para simbolizar o surgimento do próprio Barracão, que começou com este grupo pequenino de pessoas (fundadores) e foi aumentando até os mais de 300 participantes que se encontram hoje a cada trabalho da casa.

Enfim, quando todos já estão devidamente rezados e abençoados, e a tarde da sexta já está virando noite, é a hora do trabalho virar para Exu e Pombagira, nossos compadres e comadres vem em terra para finalizar os processos litúrgicos desta cerimônia com suas mirongas de proteção espiritual e energização do bará, o corpo físico dos filhos e visitantes, a fim de equilibrar as forças que fazem deste ritual uma blindagem completa e um axé individual e coletivo para a sequência do ano ritual desta egrégora chamada Família Barracão de Pai José de Aruanda.

Fotos: Dani Vertuan

 

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