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Ano novo, velhos costumes.

Ano novo, velhos costumes.

Voluntariado, a verdadeira vocação da Umbanda.

A religião, tida por muitos (que ignoram* sua filosofia) como uma seita de práticas maléficas, já provou há tempos que basta olhar para o verdadeiro terreiro umbandista para descobrir que trata-se na verdade de comunidades muito responsáveis e exemplos de solidariedade e respeito com a dor do próximo.

Não bastassem as intermináveis sessões, onde centenas de pessoas são assistidas, ouvidas e aconselhadas, amparadas por palavras de incentivo e conforto, ainda existe um lado social-caritativo realizado por estes médiuns fora dos terreiros e dos horários determinados para as giras de atendimento espiritual.

Existem dois pontos em que a Umbanda, primeira e única religião 100% brasileira, se foca e se destaca. Primeiro com o grande bordão, o verdadeiro mantra entoado por estes seguidores que diz: caridade em primeiro lugar, ajudar a quem precisa, de graça, dedicando boa parte de seu tempo livre a ajudar o próximo (“tempo livre”, já que o verdadeiro umbandista não vive da umbanda e sim PARA ela), prática conhecida hoje pelo chamado “terceiro setor” onde uma verdadeira indústria começa a se formar, mas que até bem pouco tempo atrás, muitas vezes só o terreiro resolvia, confirmando a velha máxima,” só pobre ajuda pobre”.

Outro ponto, que agora é “moda” e a Umbanda sempre praticou e difundiu, é a consciência ecológica, o cultuar a natureza como sagrada ao ponto de vincular suas divindades como verdadeiras emanações destas forças e assim venerar uma árvore como se fosse um deus.

Claro, os que “ignoram” vão lembrar-se das sujeiras, restos de bichos mortos envoltos em velas derretidas, largados em cachoeiras e matas, mas isso não é e nem nunca foi Umbanda.

Pessoas cometem erros, sejam elas Papas ou Sacerdotes de Umbanda. Não estou aqui defendendo uma perfeição no ser humano enquanto umbandista, afinal é ser humano, passivo de erro, e assim é o ser humano padre, pastor ou pai-de-santo.

Mas antes de existir os “ecologicamente corretos”, antes de existir as ricas organizações chamadas de “terceiro setor”, muito antes, não tão antes como nos tempos em que algumas dessas religiões escravizavam negros e queimavam espiritualistas na fogueira da santa inquisição, mas num antes bem mais próximo, já existia uma religião que pensava, de forma simples, em ajudar o próximo e de forma nobre, em cuidar da natureza, como sagrada que é.

Desculpem o desabafo, contudo, penso que é hora de reconhecer àqueles que enfrentaram a perseguição das massas por séculos, para defender aquilo que hoje é clichê de tão necessário para a subsistência da raça humana.


*ignorar um assunto é ser IGNORANTE diante do tema, não é um termo pejorativo, é só gramática.

 

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