Coincidências não existem. Muitas pessoas concordam com esta afirmação, sobretudo médiuns umbandistas que aprenderam que nem mesmo uma única folha cai de uma árvore sem a permissão de Deus
Pois não foi que o segundo caminho de Oworim Odu voltou, pelo segundo ano consecutivo, a se deitar sobre a mesa de búzios de Pai Alexandre Falasco, informando que a folha da fortuna, símbolo da prosperidade, continuará em evidência para o ano de 2011?
Sim, o mesmo Odu, no mesmo caminho, dentre mais de 256 combinações diferentes possíveis, exatamente como no ano de 2010. A única diferença é que ao invés de Ossaim, é Oxóssi o Orixá regente do ano vindouro. Vibrações até parecidas, mas o conjunto do segundo caminho de Oworim, que já é sinônimo de crescimento, somado a força do Orixá da fartura, só aumentam os bons fluídos para 2011.
Pai Falasco lembra que prosperidade e riqueza não são sinônimos apenas de dinheiro mas de sucesso pessoal em diversos planos da vida e da espiritualidade, ou seja, felicidade, objetivos alcançados, planos realizados, bem estar.
Seria um ano apenas de conquistas? Cabe a cada um saber aproveitar, completa o Sacerdote do Barracão de Pai José, que faz questão de lembrar que os búzios apenas apontam o caminho, e o trilha quem tem sabedoria e merecimento.
Que venha 2011, sob as bênçãos agora de Oxóssi, o provedor.
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Mais coincidências?:
a) Oworim é o Odu número 11 (ano 2011), no segundo caminho (“2” de 2011).
b) O tradicional trabalho de mata do Barracão foi excepcionalmente transferido para janeiro (para comemorar Oxóssi, próximo ao seu dia) pela primeira vez em 7 anos.
c) Se abrirmos o assunto para níveis mais abrangentes, basta olhar para o cenário econômico geral, onde o aumento do poder aquisitivo e a migração de classes econômicas mais baixas para as classes mais altas quase compromete o controle da inflação e obriga o País a praticar as maiores taxas de juros dos últimos tempos. Lembrando que isso ocorreu mais fortemente no ano de 2010 que também estava sendo regido por este Odu da prosperidade.
Comparações a parte, Pai Falasco insiste que o jogo de búzios para o próximo ano é uma tradição do povo de santo e se limita a saber qual Orixá vai reger sua própria comunidade, podendo divergir de outros jogos em outras casas pois o objetivo e saber para qual Orixá o terreiro deverá direcionar maior atenção nos preceitos rituais da religião.
Fotos: Silmara Falasco
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