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A Umbanda é cristã.

A Umbanda é cristã.

O exemplo do Mestre norteia a umbanda.

“Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai. E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho”. (João, 14: 12-13)
 
Estamos em dezembro, mês do nascimento de Jesus.
 
Jesus, o Cristo, o Messias, ou o maior médium que a humanidade já viu encarnado.
 
Tudo depende da interpretação das diferentes vertentes religiosas, algumas nem existiam na época de Jesus.
 
No contexto islâmico, Jesus (transliterado como Isa) é considerado um dos mais importantes profetas de Deus e o Messias. Para os muçulmanos, Jesus foi aquele que trouxe as escrituras e é filho de uma virgem, mas não é divino, nem foi vítima de crucificação. O judaísmo, por outro lado, rejeita a crença de que Jesus seja o Messias tão esperado, argumentando que não corresponde às profecias messiânicas do Tanakh.
 
Mas, para a maioria dos cristãos ocidentais, Ele é o filho de Deus.
 
Em Português = Deus
 
Em Espanhol = Dios
 
Em Inglês = God
 
Em Iorubá = Ọ̀lọ̀rún
 
Sim, na língua africana Iorubá Olorum significa simplesmente “Deus” assim como no dialeto Bantu a tradução de “Deus” é “Nzambi”.
 
Faço questão de fazer essa observação para, antes de qualquer coisa, deixar claro que a UMBANDA É UMA RELIGIÃO MONOTEÍSTA (que acredita em um único Deus) e, portanto, os nomes só se alteram por conta da linguagem utilizada nas orações (já que em algumas delas utilizamos a língua africana por tradição).
 
Mas estamos aqui falando de Jesus na Umbanda. E afirmo: A UMBANDA É UMA RELIGIÃO CRISTÃ, como o catolicismo, como as igrejas evangélicas, o espiritismo kardecista, e muitas outras.
 
Basta considerar que a Umbanda acredita na comunicação com espíritos de nossos ancestrais e estes são nossos intermediários com as esferas mais evoluídas da Espiritualidade.
 
Estes espíritos nos mostram o caminho cristão não pela imposição, mas pelo exemplo.
 
Está no terço do Preto Velho, nas rezas da Sexta-feira Santa, no rosário da Vovó, na devoção do Boiadeiro que chega no terreiro fazendo o sinal da cruz e louvando a Jesus, está no “Pai Nosso” rezado no início das giras, e principalmente nos pés descalços dos médiuns, vestidos de roupas simples e brancas, tentando alcançar, mesmo de longe, o exemplo do mestre que ajudava a todos sem olhar a quem e sem ostentar luxo ou autoridade. A Umbanda é praticada em templos humildes, nada de vigas de ouro, assim como fez o Cristo em sua essência, nos montes das oliveiras, e em toda sua caminhada por este mundo de seu Pai.
 
Por isso a Umbanda não compactua com aqueles que usam da imagem de Cristo para garantir poder e lucrar através do ódio, promovendo assim a intolerância.
 
Talvez, por resultado dos mais de dois mil anos de pregações contra o diferente, seja difícil enxergar nossas próprias atitudes de intolerância. Afinal Cristo não morreu para nos salvar de nossas péssimas atitudes equivocadas e preconceituosas, ELE FOI MORTO POR ELAS. E a Umbanda exalta exatamente isso, um Cristo de todas as cores, sem gênero, sem classe social e sem ser “propriedade privada” de uma ou outra religião.
 
Somos iguais, devemos nos respeitar com todas as nossas diversidades, pois, para os verdadeiros cristãos, independente de religião, no fundo tudo deve convergir para a Paz e o Amor.
 
 

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