Logo Giras de Umbanda

Camarinha de Eledá, porque?

Camarinha de Eledá, porque?

Uma tradição do Barracão, veja as fotos do último barco.

A Camarinha de Elegdá (Anjo de Guarda) realizada pelo Barracão é na verdade um chamado para que o médium, que já exerce seu trabalho espiritual socorrista e emergencial na casa, possa receber um axé especial, uma re-ligação com dois de seus maiores pontos de força, seu Eledá e seu Congá, este ultimo é o portal que o transporta para lugares pouco conhecidos, apesar de muito relatado em teoria, mas um lugar que não vemos e sim sentimos, chamamos de Aruanda.

Em um dia de reclusão, estes médiuns podem se concentrar de uma forma mais tranquila do que em nossos trabalhos semanais, recebem um pouco mais de conhecimento sobre o que é uma casa de Axé, um terreiro, e como devem se portar diante de seus pontos de força e seus representantes. Descobrem que existe muito mais do que os olhos veem durante a rotina das giras e que existe muito mais entre frequentar um terreiro e receber seus Guias do que se podem imaginar aqueles que ainda não comungaram destes conhecimentos.

Mais importante do que ser chamado para galgar degraus dentro das funções de um terreiro, como passar a médium passista ou pai de santo, ser chamado para uma camarinha de Elegdá é ser chamado a entender o que é fazer parte de uma família de axé, um privilégio sim, uma convocação para compor as correntes mais aprofundadas no verdadeiro sentido do que é um terreiro, redundantemente falando, uma família.

Por isso as camarinhas são regadas a boa bebida e boa comida de santo, feitas com maestria e axé pelas Iabassês, porque é motivo de comemoração. 

Comemoramos o fato de estarmos transpondo mais uma etapa na nossa vida no terreiro, agora entendemos o que é ter duas famílias, uma de sangue e outra de axé, só quem já passou por uma camarinha entende um pouco mais o seu papel dentro dessa comunidade e dificilmente quem passou por uma camarinha e entendeu o que lhe foi transmitido, cometerá o erro de achar que um terreiro é um convívio público, e sim, saberá que é o seu segundo lar, e, portanto merece ser protegido, amado, reservado, defendido e tratado como tal.

Parabéns aos participantes de mais este barco.

Veja abaixo algumas fotos da última camarinha de Elegdá do Barracão de Pai José de Aruanda.


 

Desmistificando as ervas Desmistificando as ervas